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Pesquisador do CNPq assume comitê
de seleção da Fundação Guggenheim
Indiano naturalizado brasileiro, o fÃsico Sadhan Kumar
Adhikari, radicado no Brasil desde 1976 foi convidado para
integrar a seleta lista de membros do Comitê de Seleção
da Fundação John Simon Guggenheim de Nova York.
Prestigiada instituição, a Fundação
oferece, desde 1925, bolsas para os melhores pesquisadores
e profissionais do continente americano para desenvolver trabalhos
criativos e originais em todas as áreas (ciências
naturais, sociais, humanas e artes).
Adhikari será, em 2004, um dos cinco representantes
a participar do grupo da Fundação Guggenheim
que seleciona novos bolsistas da America Latina e Caribe.
O fÃsico, com pós-doutorado em FÃsica
Nuclear nos EUA e Australia e professor da Universidade
Estadual Paulista (UNESP), já foi bolsista da Fundação,
vinha dando pareceres sobre candidatos inscritos e
atualmente
participa do seu Corpo Editorial. Esta é a primeira
vez na história recente da Fundaçãoo que
um sul-americano não residente nos Estados Unidos ocupa
este posto. Isso é um reconhecimento internacional
das pesquisas feitas no Brasil em diversas áreas, que,
segundo Adhikari, chegou a um certo grau de maturidade.
Adhikari é pesquisador 1 A do CNPq e trabalha atualmente
em pesquisas com “o condensado de
Bose-Einstein”
de átomos, no Instituto de FÃsica Teórica
da UNESP em São Paulo. Segundo o professor, este é
um estudo muito novo e fascinante. O “condensado de
Bose-Einstein” proposto teoricamente em 1924, só
foi detectado no laboratório em 1995, nos Estados Unidos,
e hoje só existem cerca de 30 laboratórios no
mundo todo que trabalham com este material.
O objetivo é explicar e entender teoricamente os experimentos
feitos com átomos frios e aprisionados em temperaturas
ultra baixas (da ordem de nano Kelvins). Segundo o professor,
o estudo implica em analisar os átomos em uma fase
pouco conhecida, na qual o condensado possui propriedades
únicas. “Submetendo a matéria a temperaturas
de cerca de –273 grau C obtemos uma nova fase, o condensado,
que tem como caracterÃstica a formação
de um super fluido, que não obedece as regras
clássicas, mas sim as quânticas”,
explicou o professor. “Com isso, conseguimos um
átomo
praticamente parado, que tem velocidade de cerca de 1cm/s,
enquanto na atmosfera, sua velocidade é de 1km/s. Isso
possibilita a primeira oportunidade para observar e estudar
um sistema quântico macroscópico em laboratório”,
completou.
A aplicação destes estudos com átomos
frios deu origem ao relógio atômico capaz de
medir o tempo com exatidão (com uma precisão
de 1 segundo em 1 milhão de anos), o que é muito
útil em diversas pesquisas cientÃficas e poderão
gerar o computador quântico, muito mais rápido
e preciso do que um computador convencional.
Mariana Galiza
Assessoria de Comunicação Social / CNPq
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